Todo dia…

E todo dia a mesma ladainha.

Desde que levanto o anjinho me manda ir logo na academia cumprir a meta do dia e o capetinha manda enrolar mais um pouquinho (já me bastava os do docinho, mais esse agora). Fica nesse impasse e o dia passa, surgem outras prioridades, outras preguiças, outras mil desculpas. Chega cansar ter que arrumar tanta desculpa. E tanta resposta para tantas desculpas. Tem dia que vou logo mesmo porque estou sem saco pro meu próprio mimimi.

Então me arrasto e vou. Programo fazer o treio completo, mudo pra metade, mudo só pra um aerobicozinho de leve. Encontro desculpa no ar, no sol, no mar, na galaxia, na quantidade de gente, no aparelho ocupado, na vergonha de estar naquele lugar cheio de gente diferente de mim, medo daquele tanto de espelho, levo susto quando por acaso olho pra um e me vejo, e quando vejo alguém olhando pra mim, penso que estão me pondo defeito, rindo, estranhando… Me convenço que não devo nada pra ninguém. Me faço acreditar que está tudo bem.

Ainda aumento gradativamente a intensidade, aprendi respeitar meus limites. Na corrida ainda prometo que nunca mais farei porque aquilo não é de gente, sai fora, cansa muito, dói diferente. Quando vejo, já estou la correndo de novo… Está na ficha, eu tento!  Sei que o cansaço passa, que a dor passa, que depois que começo, tudo vale a pena.

O importante é ir. Depois que começou vai no embalo! Depois que terminou sempre, sempre vale a pena!

É um processo interno, uma luta diária e o melhor, é para uma vitória íntima, só eu e eu, só devo a mim, só eu sei verdadeiramente meu potencial e só eu posso me dar esse presente. Diariamente. Ou quantos dias eu puder. E que bom que eu consigo! Nem sempre, mas estou tentando.

Todo dia!

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